segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Acabou (,...?)


Hoje eu queria olhar nos teus olhos e dizer que tudo acabou, te dizer que eu cansei de por vírgulas e mais vírgulas. Cansei de por reticências onde há tempos eu deveria ter posto um ponto final. Cansei de pensar “não, dessa vez vai ser diferente” e me ver num ciclo infindável de desculpas e descasos. Você nunca quis que fosse diferente. Nunca.

Hoje eu queria olhar nos teus olhos e dizer que tudo acabou, que o que você chama de consideração pra mim tem outro nome e começa com “des” de Desconsideração. Mas como se acaba o que nunca se começou? Como por um fim ao que nunca existiu?

São perguntas que certamente ainda vão ficar muito a me martelar, mas peço a Deus que os ventos de Dezembro me mostrem um rumo, peço a Deus que me ajudem a solucionar.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

As menininhas



E você fica aí atrás das menininhas dos anos 90, a geração Teletubbie, que mal saíram do ensino médio, no entanto, mais parecem recém alfabetizadas. “agente” junto, e não é nenhum secreto, “mais” sem fazer alusão a intensidade, e o pior de todos, “mim” conjugando verbo, doloroso para qualquer cidadão bem alfabetizado.

E você fica aí atrás das menininhas que só ouvem música se for de um pendrive. Que qualquer menção a Cartola, seria apenas um tipo de chapéu e Chico Buarque se passaria por um poeta do século XV.

E você fica aí atrás das menininhas as quais o único conjunto de “garotos cantores” que conhecem é o “Replay” “Restart” ou qualquer “Re” com as cores do arco-íris.

E você fica aí atrás das menininhas que os maiores planos para o futuro, consistem na programação da festa do próximo fim de semana.

E você fica aí atrás das menininhas, quando Eu estou bem aqui na sua frente.

Bobo ;*

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

"Não sublimei o seu amor, apenas renunciei.

Pois você disse uma vez: foi muito bom o que aconteceu;

Sendo assim houve descaso,

você conformou,

não lutou e

foi-se consolando.

Aprendi também a me consolar."

(Machado de Assis)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ex-fumante


“Vício (do latim "vitium", que significa "falha" ou "defeito") é um hábito repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem.”

Eu gosto de te ver dessa forma, como uma droga, os ótimos momentos que você me proporciona são ínfimos diante do estrago que você me causa depois. De que me adianta alguns minutos, horas ou até poucos dias de prazer, de felicidade, se depois que tudo acaba só me resta aquele vazio, dor, e a certeza de que eu não deveria provar de você novamente. Mas é uma certeza que não me basta, não o suficiente pra me impedir de cometer o mesmo erro de novo e de novo, pelo menos não era.

Agora estou me sentindo como um verdadeiro recém ex-fumante, a consciência do mal que você me faz falou mais alto, por enquanto confesso que tomei apenas o primeiro passo, geralmente quando o fumante esconde a carteira de cigarros de si próprio, deixa longe dos olhos, mas não a joga fora de imediato e vai fumando cada um deles com a convicção de que aquela será a última vez, e eis que chega o último e derradeiro.

Você teve a chance de ser algo realmente bonito e importante, mas escolheu não passar de algo doloroso como um vício. Mas garanto a ti, que és um vício com data e hora marcada para acabar.

“A virtude é quando se tem a dor seguida do prazer; o vício é quando se tem o prazer seguido da dor” - Margaret Mead.

sábado, 12 de novembro de 2011

Cheia do Vazio

Repleta, cheia pela boca, de um vazio que me consome. Vou pra rua, vou pro mundo, me encher e alimentar o meu vazio. Saciar o insaciável.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A Rainha sem seus súditos


Eu sou a Rainha dos “planos”, plano A, plano B, XYZ. Plano para se estiver chovendo, plano para se estiver fazendo sol. E listas! Sou fanática por listas, lista de compras, lista de ingredientes, lista de afazeres, lista de ‘paquerinhas’, ops, lista de desejos, lista de planos! Sou capaz de fazer lista das mais impensáveis. E um dos meus maiores prazeres, depois de fazê-las, é riscar item por item como missão cumprida. Hoje eu tinha um plano, um plano que estava numa lista, apesar de ser um tanto paradoxal colocar presente e passado em uma mesma concordância. Era um projeto que já vinha se desenrolado há dois anos, ao qual eu apostei todas as minhas fichas, ou melhor, eu apostei-me
Apostei-me, por esse plano parecer perfeito o suficiente. Perfeito o suficiente para me fazer esquecer, perfeito o suficiente para tornar inconcebível a idéia de que ele simplesmente poderia não ser consumado. Perfeito o suficiente para me fazer acreditar que eu não precisaria de outro plano, porque aquele era único caminho a ser seguido. Preciso repetir que ele era perfeito?
Ledo engano, não em acreditar que o plano seria perfeito e sim em acreditar que por isso eu não precisaria pensar em alternativas a ele. Não façam isso em casa crianças, sempre tenham no mínimo uma segunda opção! Poupam-lhe maiores frustrações. Mas não vale usar como desculpa para ter um ‘step’ nos seus relacionamentos amorosos hein, o nome disso é safadeza mesmo.
Bom, agora cá estou eu, a “Rainha dos planos”, eu que me apostei e perdi, me perdi! Perdida, a rainha dos planos sem seus súditos, um mísero plano sequer se faz presente agora. Tenho consciência que os trai, dei atenção apenas a um, desprezei os outros suficiente para que agora eles me deixassem sozinha. Tão sentimentais, tão ciumentos.
Terei que fazer as pazes com minhas listas, com meus planos, e jamais esquecer que por mais perfeito que um ou outro pareça, se eu quiser continuar com as minhas “missões cumpridas” não posso me deslumbrar com o primeiro plano perfeito que aparece me seduzindo e dizendo 'eu sou tudo o que você precisava". Hunf!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

P.S.¹ prometo me dedicar em breve ao layout do blog.

P.S² meus textos são colchas de retalhos de sentimentos, meus e de quem está ao meu redor, dos que eu sinto e dos que não sinto, costuro tudo em palavras.

P.S³ não se deixem enganar... rs



02 números menores




Cada vez mais, chego à conclusão de que o que sinto por você, tem nome sim, e se chama teimosia, puro capricho.
Eu sei, minhas amigas sabem, você obviamentee declaradamente também sabe, que você não é um Homem pra mim, um Homem quedefinitivamente não me cabe, porque simplesmente eu quero mais, eu mereço mais.
Você é um vestido dois números menores, que eu insisto em comprar porque simplesmente preciso tê-lo. Compro na esperança de um dia caber dentro dele. Não, não caibo, não caberei, mero capricho.
Você é um sapato apertado, que mesmo machucando, mesmo incomodando, insisto em usar, porque mais uma vez, simplesmente, eu acho deslumbrante. Tenho esperança que com o tempo lacei, pare de machucar, ou a dor se torne menos insuportável. Não, isso não vai acontecer, mero capricho.
Pura teimosia, puro capricho. Enquanto isso você continua não me cabendo, você continua machucando e eu disfarçando dor com esperança. Pura teimosia, puro capricho, ou pura ilusão?