segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Vento, ventania.


Ela gostava quando o vento batia e soprava em seu ouvido. Gostava de pensar, que ele tinha vindo de longe, compartilhar mais um segredo. Pensava em por quantos tantos outros ouvidos, teria ele sussurrado seus desejos. Ela gostava de senti-lo em sua nuca despida, o calor quase sempre a impedia de mantê-la coberta. Gostava do modo como ele arrepiava os pelos do seu corpo e gostava de pensar, que ainda tantos outros corpos ele iria acariciar.




Sem dúvidas, eles tinham um relacionamento aberto... mas não era amor, era apenas ventania.

domingo, 6 de outubro de 2013

Voltei, mais firme e mais forte do que antes.

Um dia você me perguntou, ‘”meu amor, porque não escreves mais?” Sorri, pensei... Não soube responder e justifiquei como sendo a eterna falta de tempo.

Mentira!

Eu sabia que era uma mentira deslavada, mas ainda não tinha tomado ciência da verdade.

E a verdade é... que eu não sofro mais. Simples assim.

Quantas vezes eu recorri ao papel, na tentativa de exorcizar meus sentimentos. Quem, se não ele poderia aceitar calado, aquilo tudo que eu gostaria de falar gritando.

Eu sofria. Sofria calada e o meu único interlocutor era uma folha em branco. O sofrimento era meu combustível... Sofria e sofria.

 Sofria por quem não me amava, sofria por quem não me queria, sofria e apenas escrevia.

Eis que o que era pranto transformou-se em riso e do sofrer... até essa palavra eu passei a desconhecer.

Parei de sofrer, parei de escrever.

Minha boca tinha ânsia de falar, o que por tempos ela não ousou proferir, simplesmente por que não havia alguém digno de escutar.

Um “eu te amo”, límpido, claro, forte e expurgador! Seus ouvidos passaram a ser bálsamos, para esse sentimento que outrora fora tão maltratado.  

Se ontem meu combustível era a dor, sem dúvidas, cheguei a conclusão que hoje! Muito mais potente do que ele, é o AMOR.

Voltei, mais firme e mais forte do que antes.